fbpx

Estresse emocional: sintomas e como aliviar.

Analise as questões abaixo e responda “Sim” ou “Não”.

  • Você se sente cansado? Sem energia? Antes, você tinha mais energia do que você tem hoje? – independente da passagem dos anos…
  • Você se sente triste, deprimido? Como se nada mais gerasse aquele interesse para você? Com uma vontade de chorar?
  • Você se sente aborrecido, chateado?
  • Você se considera nervoso, ansioso?
  • Você julga estar confuso, sem concentração? Está se distraindo com facilidade?
  • Você se esquece das coisas muito fácil? Antes, você guardava melhor as coisas…?
  • Você se acha hipersensível? Você se irrita com facilidade?
  • Você percebe que está muito crítico, muito agressivo? Tem vontade de fugir de tudo! Tem pesadelos.
  • Você sente uma aceleração no coração? Tem dificuldade para respirar, apneia?
  • Você está com o que parece uma crise de ansiedade? Uma crise de pânico?
  • Enxaqueca?
  • Dor nas costas?
  • Músculos tensos ou doloridos?
  • Aperto, nó no estômago? Problemas digestivos? Problemas intestinais? Gases? Intestino preso ou intestino solto demais?
  • Problemas de pele? Alergia?
  • Resfriado ou gripe constante? 
  • Pressão alta?
  • Sem vontade de comer ou com vontade de comer demais?
  • Fuma demais? Bebe demais? Usa drogas?
  • Dorme demais ou dorme de menos? Tem insônia?
  • Fala muito e muito rápido?
  • Vive suspirando? Como se tivesse algo no seu peito que você tenta pôr pra fora e não sai?
  • Quantas vezes você disse “sim”? Quantos “sims” você respondeu? 

Se você respondeu mais do que três “sims”, você está estressado.

A OMS considera o estresse a epidemia do século

Atualmente 90% das consultas médicas estão relacionadas ao estresse. Mas nem sempre o estresse é algo ruim. O estresse é uma resposta do nosso corpo diante de qualquer evento que necessite que a gente se adapte a algo.

Dê um basta! Melhore a sua autoestima.

Dois exemplos:

Você leu algo, você assistiu um vídeo, uma aula… e você teve um novo aprendizado. O seu organismo sofre um estresse para que ele se adapte a esse novo aprendizado.

Você estava indo para um compromisso quando, de repente, você viu que a via estava bloqueada. Você sofreu um estresse e o seu organismo precisou se adaptar a isso.

Qualquer mudança externa ou até mesmo interna (algo que você pensou ou lembrou) pode gerar estresse. E essa mudança vai demandar que o seu organismo entre nesse estado de flexibilidade para se ajustar à nova situação e voltar ao equilíbrio de novo. Ou seja, se não ficássemos estressados, não estaríamos vivos e que o estresse é até certo ponto, positivo!

O estresse é uma resposta biológica de alerta do organismo.

Até aí tudo bem. O problema ocorre quando sofremos o estresse e não retornamos a nossa situação de equilíbrio. Se nós nos mantivermos estressados, o nosso organismo (que não é feito para isso) começa a liberar muitas substâncias dentro do nosso cérebro, do nosso sistema nervoso, o que pode gerar a morte de alguns neurônios.

Os neurônios são as células do nosso sistema nervoso responsáveis por mandar o impulso nervoso, são as células responsáveis pela comunicação dentro do nosso ser. 

E o que acontece dentro do seu corpo quando você fica estressado?

Como você viu acima, o estresse é uma resposta biológica do seu corpo para que diante de alguma alteração no ambiente, a gente se adapte e continue a vida.

O que acontece é que, em milhões de anos, durante toda a evolução, esse mecanismo nos ajudou a nos manter vivos. O estresse nos ajuda na hora da urgência e assim sobrevivemos!

Supondo que você fosse um homem ou mulher na época das cavernas, imagina que você tivesse saído para caçar e se encontrasse com um leão! No momento que você vê o leão e precisa fugir dele, o que acontece dentro de você?

O seu cérebro vê o leão e ativa em você um sistema chamado sistema nervoso simpático. Esse sistema ativa a glândula suprarrenal. Essa glândula libera a adrenalina que é o hormônio do estresse. A adrenalina age no sangue, a circulação vai acelerar, seu coração vai disparar, seu pulmão vai respirar mais rápido também, para dar oxigênio extra para você poder fugir do leão. O seu fígado vai usar o glicogênio, que foi armazenado rapidinho ali na prateleira de fácil alcance, e vai transformar toda essa glicose em energia, porque você vai precisar, para fugir do leão. Beleza!!! Você ficou estressado e isso te ajudou a se manter vivo!

No caso do perigo persistir – você está correndo do leão e o leão está correndo atrás de você! -, você vai precisar manter esse estado de alerta dentro do seu corpo para você se manter vivo.

O estresse tem uma primeira fase que é a fase de alerta. Você vê o leão, conscientemente pensa no leão, e dá o comando “Preciso fugir!” Seu organismo vai então disparar todo esse processo de alerta no organismo para você se manter vivo.

Agora, vamos imaginar que você acha que já conseguiu fugir do leão e já está tranquilo. Mas, não! De repente, aparece o leão de novo!!! O leão continua atrás de você e você precisa continuar se mantendo vivo.

Nesse momento, a sua glândula suprarrenal que antes liberou adrenalina, agora vai liberar outra substância que é o cortisol. O seu fígado que antes pegou ali na prateleira, agora precisa pegar o que está guardado lá no fundo. Ele já gastou todo aquele glicogênio que estava ali para ser transformado rapidamente em energia. A sua mente fica muito mais acelerada: seu cérebro vai a 1000/hora, porque você vai precisar pensar mais rápido para fugir da situação. Os seus músculos se contraem para que, se o leão te pegar, o seu corpo vire como uma couraça. Você fica muito mais tenso. O seu sistema imunológico é colocado em estado de alerta, porque com isso, se houver algum ferimento, você vai sarar mais rápido e não vai ter uma inflamação. Deu certo!!! Você escapou do leão!!! A resposta do seu corpo ao estresse funcionou. Você se manteve vivo!

Situações estressoras acontecendo todos os dias, várias vezes por dia!

Imagina essa situação massiva do seu corpo diante de situações estressoras acontecendo todos os dias, várias vezes por dia. Pensando hoje, sem nenhum leão.

Um novo dia de trabalho. Você pega o seu carro, a sua moto, ou vai caminhando porque você vai pegar um ônibus e você encontra aquele trânsito! Todo mundo buzinando. As pessoas gritando. Tudo parado, congestionado! Enfim você chega no trabalho, atrasado, depois de toda essa situação estressante.

Quando você abre a porta da empresa a primeira pessoa que você vê é o seu chefe. Ele está andando de um lado para outro, parecendo um touro bravo. Ele olha bem pra você e diz num tom bastante agressivo: “Você prometeu a entrega do relatório  há uma hora atrás e o seu cliente está furioso. Se o cliente cancelar o seu pedido adivinha o que é que vai acontecer com você? Você me deve uma boa explicação para o seu atraso e, aliás, pode esquecer o dia de folga que você tinha me pedido.” Você respira fundo, vai até a sua sala, chega na sua mesa e você vê uma pilha de papéis com coisas atrasadas para você fazer. Sente vontade de jogar tudo pela janela, ou melhor, tudo no seu chefe. Mas, você não pode.

Ao invés disso você se senta, sente o seu estômago se remexer, sente os seus músculos ficarem tensos, sente uma dificuldade em respirar, sente seu coração acelerar, a sua pressão arterial vai lá em cima, abre a sua gaveta, olha sua bolsa, sua mochila, em busca do quê? De um calmante, de um analgésico, porque você já está com dor de cabeça. Aí você toma e não melhora nada. Se sente ainda pior.

O que acontece hoje, nos nossos dias? Nós estamos preparados para dar conta de uma infinidade de atividades e de tarefas, mas a gente não está preparado para a reação que tudo isso vai gerar no nosso corpo.

Qual o problema de ficarmos estressados?

Pequenas tensões diárias podem ser mais danosas para a sua vida do que uma grande tragédia. Como você lida com essas pequenas tensões diárias? 

Richard Lazarus, psicólogo da Universidade da Califórnia descobriu que aborrecimentos diários crônicos, como por exemplo: pais doentes, colegas irritantes, chefes agressivos, trânsito, engarrafamento, longo percurso até chegar no trabalho são mais estressantes do que um grande acontecimento traumático como, por exemplo, a morte de uma pessoa que você ama. 

Pesquisas apontam que 75% dos casos de dor de cabeça são relacionados ao estresse. Tem vários experimentos que comparam ratos colocados em uma situação de estresse com ratos que não estão numa situação de estresse. Na avaliação posterior dos neurônios desses ratos, observou-se que os aqueles que estavam numa situação de estresse tinham muito menos neurônios do que os que não estavam em situação de estresse. Concluíram que excesso de cortisol mata neurônios.

Robert Sapolsky, referência mundial em neurociências, tem várias pesquisas que mostram que a secreção do cortisol, a longo prazo, é muito tóxica e mata milhões de neurônios. Em especial mata neurônios de uma área especial do cérebro, responsável pela memória e pelo aprendizado, que é chamada de Hipocampo. Isso pode causar, por exemplo, demência precoce.

Agora, o que é um perigo! O ato de você pensar no seu chefe, de apenas lembrar dele, pode te estressar e disparar toda a sua reação corporal fisiológica do estresse. O nosso estresse é emocional e não social: você não precisa estar com o seu chefe, só a lembrança já dispara tudo.

Como aliviar o estresse? Quatro ações, simples e eficazes!

  1. Ria! Você sabia que uma criança ri de 60 a 300 vezes por dia? E que um adulto ri só 5?
  2. Seja seletivo nos seus relacionamentos. Agressões psicológicas minam a autoestima e a autoconfiança de uma pessoa. Meça o nível da sua autoestima pelo teste que eu desenvolvi: https://minhamelhorversao.com/. E eu não estou falando apenas de relacionamento afetivo amoroso, mas também de relacionamento profissional, amizades. Várias pesquisas apontam que 30% das pessoas têm problema de relacionamento com colegas no ambiente de trabalho: pessoas puxando o tapete, chefes e colegas opressivos que fazem com que o outro se sinta inferior.  
  3. Desconectar-se! Excesso de informação gera estresse. Dra Susan Andrews, pesquisadora da antropologia, afirma que um exemplar da Folha de São Paulo ou do New York Times, tem mais informação do que um homem do século XVIII tinha em toda a sua vida. Em uma pesquisa com 1.300 executivos de uma Multinacional, o Instituto de Pesquisa Britânica chegou a conclusão que, de cada 10 pessoas, 4 sofriam da síndrome de excesso de informação. Portanto, é preciso selecionar o que você quer aprender, qual é a informação que você realmente precisa.Muitas vezes você vai precisar se desconectar de muitas coisas para poder se conectar com aquela específica.
  4. Saia do instantâneo. Hoje tudo é instantâneo: café instantâneo, intimidade instantânea, replay instantâneo… Até um tempo atrás eu ficava todo o tempo conectada, queria tudo na mão, na hora, tudo veloz. Sendo que eu podia desconectar, curtir aquele momento! As pessoas não sabem mais o que é relaxar, desconectar, não fazer nada. Nas férias, no dia de folga, como não tem nada para fazer acha um tédio. 

E isso é extremamente perigoso nas novas gerações. Sabe aquela sensação de que a vida passa rápido demais? E lembra que no começo eu falei que não tem nada a ver com a idade? Pesquisas feitas com computador, com smatphones demonstraram que o limite de paciência delas é muito baixo. Se elas têm que lidar com algo que não se resolve rapidamente, se irritam com isso. E também se irritam com atividades que demoram muito tempo.

Quatro ações simples e eficazes para aliviar o estresse: 

Ria! Seja seletivo nos seus relacionamentos! Seja seletivo na escolha das informações: desconecte! E, saia do instantâneo!

Qual dessas ações você topa realizar? Praticar no seu dia a dia?

CLIQUE AQUI E CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

Um abraço e até a próxima!

Gi Isquierdo

Psicóloga e Neurocientista

Crp 08/09186